Ok, vida.
já entendi que não tenho mais 15 aninhos e que não posso – e não devo! – agir como se ainda tivesse.
Essa minha crise de coluna (que no dia 10 de março de 2.016 completa 2 meses) já me deu provas disso mais que suficiente.
Nada de fotos neste post. Não vou aqui pagar o mico de postar a foto da minha queda num jogo inocente de queimada na areia da praia, que acarretou a minha piora.
Triste constatação: há tempos já venho percebendo uma certa – digamos – fragilidade crescente – em alguns aspectos da minha vida. Depois dos trinta, meu amigo, a história é bem outra. Gostemos ou não, a realidade bate na nossa porta e pah! Você já não é mais tão resistente e forte quanto sempre foi, ou gostaria de permanecer sendo.
Ok. Há um quê de displicência e falta de juízo nessa história toda. Mas, principalmente, há uma ingenuidade desmedida, que te conduz a agir da mesma forma que antes. E a verdade é: você não tem a mesma desenvoltura que antes. Seu corpo não responde como há 20 anos atrás.
É preciso cautela. É preciso humildade. É preciso se render à ele: ao grande mestre tempo, com resiliência; e aceitar que as coisas mudam. Se transformam. Muitas vezes se limitam.
A crueldade do tempo que não pára, bate à sua porta. E não há como negar abrí-la. É como uma rajada de vento que dá um coice cavalar, como a te lembrar que o tempo, meu querido, é implacável. Você pode até tentar driblá-lo, na aparência. Mas ele te cobra naquilo que não é possível maquiar: um desgaste ósseo, por exemplo.
Portanto, confirmo aqui meu aprendizado do ano: acredite no passar dos anos. Respeite suas limitações, respeite seu corpo e cuide muito bem dele. Não apenas para aparentar ser mais jovem. Mas, principalmente, para manter sua maravilhosa máquina funcionando.
Medite. Faça exercícios físicos. Faça um treino orientado condizente com seus objetivos. Use filtro solar. Balanceie sua alimentação. Mas, principalmente, aceite sua condição física atual e coloque seu ego de lado. Aquele mesmo ego que mente o tempo todo, querendo fazer de você um imortal.
Faça isso, principalmente se não for o caso de você ser uma pessoa iluminada acima da média, do tipo que domina dores e limitações humanas.
Acredito que há pessoas assim. Acredito que um dia poderei ser como uma delas. Mas, nesse momento, recolho à minha insignificância momentânea, e aceito, simplesmente, que sou um ser humano que sucumbiu e está agindo como um normal: limitado e refém do tempo.
Semana que vem estarei de volta. E, com certeza, superarei essa crise e estarei compartilhando isso com vocês!