Este é meu ilustre visitante diário.
Todos os dias ele me traz o prazer de sua companhia na nossa varanda. Seja logo pela manhã, na hora do almoço, ou em ambas.
Honestamente? Me sinto extasiada com sua presença… Um privilégio para poucos.
O pássaro, para mim, sempre foi a expressão mais delicada das criaturas divinas. Sempre admirei sua fragilidade, sua capacidade de voar, além, obviamente, do dom do canto. Uma música brotando do seu corpo pequenino, alegrando o dia de quem quer que seja.
Entretanto, jamais quis ter um, preso numa gaiola. Por mais que me expliquem que assim foram criados, e que não sobrevivem em liberdade, nunca admiti esse capricho para mim, por entender que os pássaros nasceram para serem livres. E voar!
Fofinho – sim, este é o nome que dei ao meu visitante – é, portanto, especial. Um belo dia ele chegou do nada, se empoleirou na rede de proteção da nossa varanda, e, desde então, é visita constante. Aparece diariamente para alegrar nosso dia. Como que um presente, emite seu canto, nos lembrando de como Deus é perfeito na sua Criação.
Palavras de minha filha Júlia, de oito anos de idade, ditas com um entusiasmo do tamanho do mundo: “Mamãe, você sempre quis ter um passarinho. Agora tem um!” Em silêncio agradeci à Deus por Fofinho e também ao próprio, por suas vindas espontâneas e costumeiras. Até que respondi, com incontida felicidade, como se a criança fosse eu: Sim, minha filha. Agora tenho um!
Cuidado com aquilo que você pede ao Universo. Você pode acabar conseguindo.
Nesse caso, só posso dizer: Ôba!!!